Vi recentemente um vídeo em time-lapse que mostrava diversos pães cozinhando dentro do calor do forno.
O pão subia, eclodia e quintuplicava de tamanho, até ser contido pela sua própria crosta dourada e crocante. Achei de uma beleza ímpar, e ficaria horas assistindo.
Já a falsa volúpia coreografada, que se limita aos espaços e fôrmas, me soa como confissão de culpa ou falta: seja de fermento, seja de coragem.
Fico com os singelos rompantes inesperados, sem explicação plausível. Meu sobrenome é Abbondanza e não há de ser a toa.
Pensando bem, aprendi a fazer pão de fermentação natural pra isso mesmo: ensaiar a explosão da vida.
[E me exibir, lógico.]
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