Minha curiosidade me move demais.
Às vezes, ela se encontra com a paixão que tenho por desbravar, e então entro em uma estrada sem volta.
Faz alguns anos que me descobri artista de alma, embora nunca tenha pintado um quadro ou composto uma música - aliás, mal toco do-ré-mi-fá e canto ainda pior.
Cursei engenharia - caramba, não dá para acreditar! - e fui mega fã de planilhas de Excel: que lástima, rsrs.
Mas, para me defender, desde sempre amei escrever e tranquilamente poderia ter cursado qualquer outra faculdade na área de humanas.
Lembro das aulas de português e literatura no colegial, com a Laís, minha professora favorita. Até hoje me pergunto por que não segui esse caminho. Eu amava escrever redações, fosse qual fosse o tema ou gênero. Hoje sei que minha artista se expressava, ainda que timidamente, por lá.
Depois a minha artista habitou a cozinha, onde passei muitíssimas horas da minha vida.
Recentemente, me deparei com "O Caminho do Artista", livro de Julia Cameron, e estou bastante interessada.
Sim, eu sei que o livro já tem 7 anos e que estou atrasada, mas parece até que é uma maneira da vida me dizer que nunca é tarde para me assumir artista.
Julia já me ganhou nas primeiras páginas, quando coloca o escritor na mesma categoria dos poetas, pintores e músicos.
Hoje, começo as 12 semanas de exercícios que ela propõe com o intuito de desbloquear a criatividade. Estou animada, principalmente por serem exercícios e não divagações. Meu processo funciona muito bem quando materializo e coloco as coisas em prática. Hummm... Tem um pouquinho de engenheira aí, hein?
Pelo que entendi, os exercícios são focados nas Morning Pages - o ato de escrever em fluxo de consciência três páginas ao acordar, sem nunca relê-las - e Encontros com o Artista, que parecem ser encontros semanais profundos e íntimos com o meu próprio cérebro não racional.
Estou sonhando com esse encontro com o artista, já imaginando uma gota de aquarela em câmera lenta se espalhando no papel, sem intenção nenhuma.
Só de pensar nas próximas semanas, já me dou conta de que tenho sede em vivenciar essa parte de mim que tem permissão para deixar de fazer sentido.
Se vou gostar do livro ou do método dela já me interessa menos, porque apenas a reflexão provocada pela introdução já serviu, e muito: nesse exato momento, a única coisa que tenho vontade é de ser espontânea a ponto de ser ridícula.
Prometo que volto para contar.
Vai demorar um pouco, mas o que são 12 semanas em uma vida?
E você, me conta! Quanto de artista tem aí?
Depoimento da minha última cliente:
"Para mim o trabalho de ghostwriter foi muito mais que uma ajuda, foi essencial para realizar o meu sonho!!!!
Eu não esperava que além de ter um livro extremamente bem escrito e que se tornou muito interessante, a Mayra tivesse a facilidade de perceber determinadas nuances na minha história de vida.
Esse entender sensível que ela tem causou grandes transformações em mim, que transcenderam a história escrita. Foi surpreendente descobrir coisas que estavam na minha frente e eu não tinha percebido.
Estou extremamente grata e feliz com o resultado, que está indo para a gráfica!"
C. G.
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