Me colocar em palavra. Hummm.
Meu recurso de escriba é mostrar a esperança de ser inteira.
Não me importa mais o que fui.
Já quase sei o que sou e tenho uma boa ideia do que quero ser ainda.
Sou eficiente para colocar as coisas em prática. Vou fazendo, e penso depois.
Caio em bem poucas armadilhas. Estou bem acertiva.
Já tirei da minha vida quase todas as distrações, as máscaras, as pessoas que tem medo de si, os programas que eu não quero fazer.
Convido menos, saio menos, durmo mais. Abraço mais.
Estou rodeada de vida. Plantas. Fermento vivo. Iogurte feito em casa. Crianças. Fotos de momentos eternizados em ímã me contam o que eu esquecer.
Atendo a campainha que não pára, enquanto desvio de uma montanha de sapatos, dos nossos 14 pés.
Ando confortavelmente sem certezas.
Faz sol.
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